Vida de índio
Um dos elementos mais vistos, badalados e comentados nos últimos tempos em espaços infantis, é a famosa “cabaninha” ou “tenda” de índio, ao estilo norte-americano, ou seja: de lona, ou outro tecido resistente, montada sobre uma base que pode ser feita com barras de ferro, de madeira, ou aço, etc. (originalmente seriam galhos de árvores). Observando as imagens desse post você vai identificar com certeza que cabana é essa, mas chegamos até aqui não por causa das tendas para crianças amplamente ligadas ao lúdico, ao fingir ser uma outra pessoa, a uma moda de brincar, enfim. Estamos neste ponto pois, também detectamos este “desejo de consumo” entre adultos! E não foi por acaso que a espanhola Gandia-Blasco criou a tenda para adultos.
Feita com estrutura de inox e tecido utilizado em velas náuticas, a “Wigwam” acomoda até quatro pessoas, que podem montar a peça em diversos lugares: do quintal de casa às pedras à beira mar, tendo como limite apenas o horizonte. A ideia indica dois desejos que podem se tornar tendências fortes: a vontade de estar só e/ou próximo à natureza. No primeiro caso, os hábitos da leitura, da contemplação, da meditação, da reflexão sobre vida e consigo mesmo parece comandar. Ter um cantinho “só seu”, nos parece a melhor tradução desse estímulo. No segundo caso trata-se do retorno aos amplos espaços, onde se convive de perto com fauna e flora (incluindo aí bichinhos incômodos como os mosquitos), onde se percebe que não somos apenas “urbanoides”, mas que desejamos e curtimos o contato com o Planeta Terra. Estar próximos de nossa essência mais antiga, meio esquecida, mas ainda muito forte dentro do inconsciente coletivo, é a impressão que se tem. E este “viver terreno” pode ser inclusive, “à moda dos índios”.