As queridinhas Suculentas
Preferidas por 10 entre 10 pessoas interessadas em ter plantas para cuidar em casa – por menor que seja o espaço e por menos luz, ar e água disponíveis – o mínimo para qualquer ser vivente poder… viver! – as suculentas viraram febre nacional nos últimos anos. Parece uma redenção: a promessa da planta que pede pouco e retorna muito: em verde, em resistência, em beleza, em crescimento rápido, em vigor. Mas não é bem assim: preparadas pela natureza para viverem em ambientes inóspitos como desertos – elas são cactáceas, isso mesmo, parentes dos cactos e por isso acumulam muita água e vão resistindo ao calor, ao sol inclemente e vivem com o pouquinho de água que recebem… – nem sempre se você deixar sua suculenta perdida no fundo da área de serviço de seu pequeno apartamento sem sol, quer dizer que ela vai sobreviver a seis ou sete meses de
abandono e esquecimento…
Sim, é possível que ela sobreviva, mas para que você quer uma plantinha se em seis longos meses não pôde dispensar um tempinho ao menos para pôr um pouco de água nela? Há casos – e já vimos alguns desses – em que plantas resistentes foram realmente ‘afogadas’ pois os moradores, cada um com seu pouco tempo, as molhavam uma vez por semana. A parte de cima do vaso seca, e a parte de baixo encharcada de água, foi, aos poucos, sufocando estas plantas que, de fato, não resistem a tanta água! E morreram, para espanto e surpresa de duas ou três pessoas que efetivamente tinham uma atençãozinha para com elas. E as suculentas estão neste time: não se pode regar toda semana (ou até mais que isso), mas não vá esquecer delas definitivamente. A quantidade de regas depende da estação do ano e da temperatura. A planta e a terra demonstram quando é preciso, mas nunca, nunca muita água: para um vaso pequeno, um copinho descartável de café está ótimo.
A questão do sol é delicada, pois há lugares onde ele não aparece. O calor sim, é grande e as moradias muito quentes: e elas resistem. Mas o sol direto não aparece, e elas sofrem pois precisam do raio solar para fazer uma coisa simples que você aprendeu no jardim de infância: a famosa Fotossíntese. Nós, humanos, se não temos sol em casa, vamos procurá-lo na rua, e já são conhecidos os casos de pessoas doentes por falta de luz solar. É preciso curtir um solzinho na pele mesmo que fraco e no início da manhã ou no fim da tarde. Com as plantas acontece o mesmo e, portanto, há que ter uma forma de expô-las aos raios diretos, ao menos um pouco, ao menos em algum momento de alguma semana do mês!
No mais, é deixá-las crescer num vaso apropriado. Há suculentas grandes e há suculentas pequenas. Normalmente planta-se várias em uma jardineira e fica muito bonito, mas você pode ter uma grande num vaso solitário – ou uma pequena num mini vaso. Respeite seu tamanho e seu desenvolvimento e não a deixe apertada. Não tem tempo para isso? Doe seu lindo vaso para quem vai poder cuidar dela. Afinal, é um ser vivo, não seja egoísta, e todos temos o direito à vida: e você não criou uma planta tão bonita para deixá-la se perder por falta de espaço para crescer, não é?
Dicas e truques:
1 – Use vasos com furos na base e em uma mistura de areia com terra para drenagem, para evitar que as raízes fiquem cheias de água em algum momento de descuido;
2 – Não use aqueles pedriscos brancos para enfeitar vasos: prefira casca de Pinus ou palha de arroz para arrumar a base da planta;
3 – Retire qualquer folha seca ou que esteja morrendo da suculenta para que ela cresça bela e saudável.