A arquitetura monumental em concreto da antiga Iugoslávia
O MoMA – Museu de Arte Moderna de Nova York – acaba de anunciar para meados deste ano uma exposição das mais interessantes para arquitetos ou amantes da matéria e do material – o concreto. Trata-se de “Toward a Concrete Utopia: Architecture in Yugoslavia, 1948–1980” (algo como “Rumo a uma Utopia Concreta: Arquitetura na Iugoslávia, 1948-1980“), que promete apresentar exemplos do estilo distinto que surgiu naquele país da região dos Bálcãs, na Europa Central e do Sudeste, durante a maior parte do século XX – e hoje dá lugar a uma série de países tais como a Sérvia, a Bósnia e Herzegovina, a Macedônia, a Croácia, a Eslovênia e Montenegro.
A Iugoslávia fornece um único ponto de estudo devido à sua turbulenta história. Formada como “Reino da Iugoslávia” em 1929, teve a monarquia abolida após a segunda grande guerra, quando o governo comunista foi estabelecido, e isso estimulou muitos dos monumentais projetos de construção e vastos planos urbanos utópicos, semelhantes aos da União Soviética durante o mesmo período.
A exposição reunirá mais de 400 desenhos, modelos, fotografias, além de clipes de filmes que mostram a impressionante arquitetura da região, planejada e construída durante os últimos anos de existência da Iugoslávia. Exemplos de projetos proeminentes como o interior da Mesquita Branca na Bósnia rural, a reconstrução pós-terremoto da cidade de Skopje e novos edifícios cívicos, arquitetos importantes tais como Bogdan Bogdanović, Svetlana Kana Radević e Edvard Ravnikar, entre outros, tudo isso terá destaque na mostra.
Após a queda do regime na década de 1990, e com a consequente separação em diversos países, o movimento de construção cessou. Mas até hoje, exemplos da arquitetura podem ser encontrados em todos os países pequenos que formavam o grande estado comunista e deixam todos extasiados com o gigantismo e pujança de uma época.
Fonte: Dezeen