Três vasos e suas formas
A complexa forma de moldar o vaso em concreto que tem a forma das colunas de nosso Palácio da Alvorada, de Niemeyer.
Sempre mostramos por aqui as novidades do dia a dia em concreto e esta é mais uma oportunidade para isto. É fato que o material tem sido testado em diversas formas – e fórmulas! – tendo sua durabilidade, resistência, dureza, peso e até flexibilidade alteradas por inúmeros compostos e técnicas – além da química – e por isso é importante permanecer atento com as novidades do que tem sido considerado “uma moda” mas que, com o passar do tempo, deve se
tornar uma alternativa viável para múltiplos fins.
Gert-Jan Soepenberg é um jovem designer holandês que criou um vaso com uma forma muitíssimo conhecida nossa: as colunas do Palácio da Alvorada em Brasília. Sim, aquele mesmo que é a residência oficial do presidente, projetado por ninguém menos que Oscar Niemeyer! A beleza da forma é inegável e o designer soube criar em escala e visual um utilitário dos mais interessantes.
Já a venezuelana Anabella Vivas preferiu mostrar como o concreto e vidro são parecidos(!) e criou a linha “100% Sand”: sabendo que o vidro é produzido com areia e fogo, e que o concreto é uma mistura de areia com cimento, a designer balanceou os componentes de ambos os materiais de forma a combinar os materiais na mesma peça. O chamado “concreto 60%” e o “vidro 40%” contêm, respectivamente, 60% e 40% de areia. Deste modo o concreto está em sua resistência mínima e o vidro pôde ser soprado a uma temperatura muito baixa. É tecnologia juntinho ao design criando muita novidade!
O terceiro vaso – na verdade uma série com alguns formatos – tem sua graça no contraste entre a base em concreto e a estrutura em inox que serve como um “tutor” para flores. Em determinados ângulos esta parte fica um tanto “apagada”, simulando que a planta esteja quase “flutuando” sobre o concreto. É criação do sul coreano Seung-Yong Song. Muito legal!