Jardins de pedra
Toda a beleza de um jardim de pedra: pedriscos multicoloridos no piso, setorizando áreas, espécies resistentes, espaços contemplativos, delicados.
Com sua “genealogia” vindo diretamente dos tradicionais jardins japoneses onde se valoriza tremendamente formas e componentesmais do que exclusivamente plantas e flores, é possível dizer que os jardins de pedra vieram para o ocidente assim que o minimalismo caiu no gosto dos modernistas, isto é, não diretamente do modernismo, mas sim de sua vertente oriental, japonesa, onde jardins feitos com pedriscos, grandes pedras e poucos arbustos eram uma tipologia natural do país.
Na Europa e na América causaram sensação quando se percebeu que era possível utilizá-los em locais de temperaturas extremas, com pouca água ou muito sol e que seu visual era dos mais bonitos. A mesma onda que valorizou a culinária, a arte, o pensamento e diversos elementos trazidos de diversas culturas orientais desde a década de 1980 (e até antes), também trouxe os chamados jardins japoneses – ou de pedra – para condomínios, escolas, empresas e residências.
Criados em pequenos cantos ou em enormes áreas, feitos totalmente no estilo “seco” – isto é, com pedras, alguma água e pouca vegetação – ou misturados a áreas mais verdejantes, a verdade é que este tipo de jardim é muito flexível e bastante prático para se montar, cuidar, manter, remover e remontar. Crianças se beneficiam dele pois podem brincar sobre as pedrinhas finas onde brinquedos podem ser apoiados, ou espaços para brincadeiras podem ser estabelecidos. Adultos podem cultivar espécies e acompanhar seu desenvolvimento e crescimento sem grandes transtornos para si mesmos ou para as plantas, ou para os ambientes em si. São, enfim, uma grande solução para uma série de situações e podem estimular o contato entre pessoas e natureza, tão raro e tão necessário nos dias corridos de hoje
Trata-se enfim de um belo exemplo de jardim, bastante diferente, onde contemplar e observar como a beleza se encontra em diversas formas é muito fácil.