Economizando água
Uma das preocupações que chamando atenção de pessoas de toda a parte do mundo é a eventual escassez ou mesmo falta total de água para consumo humano. Se no Brasil, onde há uma fartura de mananciais e fontes em todo o território a situação é cada dia mais preocupante, fora do país há muitas (duras) realidades sobre o assunto. Já existem populações sem água potável e a tendência atual é que este fato seja a cada dia mais comum.
Desta forma, todo o setor de construção civil tem se mobilizado no sentido de criar produtos que reduzam o gasto de água, que acumulem água da chuva ou captem e tratem água de outras fontes, que não a que vem pelos canos das grandes cidades, e também, é claro, criando formas de reduzir seu consumo próprio na hora de fabricar seus produtos. O consumo fabril de água para inúmeros produtos é dos mais impactantes. Mas, o consumo da população também pode ser minimizado no sentido de se conservar mais água para o dia de amanhã. Para que se tenha uma ideia, veja abaixo onde se gasta mais água em casa:
Vaso sanitário – 41%
Chuveiro – 37%
Torneiras da cozinha/banheiros – 6%
Máquina de lavar – 4%
Bem, se o maior “vilão” é o vaso sanitário, muita coisa já se fez por ele: desde modelos de válvulas onde o usuário regula a vazão de água que necessita até as que liberam uma quantidade limitada de água para resíduos sólidos ou líquidos. Há também peças que não utilizam água para recolher os dejetos agindo por sucção ou até mesmo limpeza química. Bem, as soluções existem, basta procurá-las.
No tocante ao chuveiro, além das dicas de organizações governamentais e não governamentais, empenhadas em instruir a população a gastar menos água – que vão desde a redução pura e simples do tempo gasto no banho até a guarda para reuso da água que se utilizou no banho – também há válvulas restritoras de vazão para o aparelho que conseguem reduzir o consumo de água sem que o banho se torne algo desconfortável.
As torneiras de cozinhas e banheiros há muito já vem sendo fabricadas com arejadores, que até duplicam a quantidade de água que efetivamente sai do cano. A sensação é a de que há muito mais água do que realmente sai da bica, pois o ar misturado a esta faz com que o volume aplicado sobre mãos e objetos pareça maior, quando na verdade, é até menor que no passado. Se sua torneira não possui um arejador, é fácil encontrar um que a ela se adapte em lojas especializadas. O que não vale é ficar sem o dispositivo, tão necessário e útil nos dias de hoje.
Já no caso das máquinas de lavar – roupas ou louças – existem algumas possibilidades: além do reuso da água para limpar pisos ou quintais, o fato de reduzir a utilização do eletrodoméstico, acumulando roupa (ou louça) para lavar em um dia/momento específico também ajuda na economia de água. O importante é ter a consciência de que a água não é um recurso infinito e, pelo contrário, cada vez se torna mais escasso, aqui mesmo, em sua cidade, em sua rua. Sentir na pele os efeitos depois de não haver tentado economizar, com certeza será muito duro.