Admirável mundo novo da arquitetura
Que as mudanças e novas propostas em arquitetura têm surgido por todos os lados, de todas as formas, todos já sabem, não é? Mas existem algumas “construções” (ou meras instalações ou até mesmo, “intenções”), que merecem um olhar mais atento pelas possibilidades que despertam em nós, usuários, e também em arquitetos que estão no mercado além de futuros profissionais.
Um caso destes é o do “Times Eureka Pavillion“, criado para o Chelsea Flower Show em Londres, na Inglaterra, no ano passado. O arquiteto Alan Dempsey e paisagista Marcus Barnett o idealizaram em conjunto para uma das exposições temporárias mais concorridas do país, explorando a o significado das plantas para a ciência e para a sociedade. As plantas escolhidas para estarem dentro do espaço foram escolhidas de acordo com sua importância medicinal, comercial e industrial que são necessárias todos os dias na vida de muitas pessoas.
O conceito para o jardim foi levado ao pavilhão através da observação bem aproximada da estrutura celular das plantas e de seu processo de crescimento e formação. A estrutura final foi desenhada usando algoritmos que mimetizam o crescimento natural dos seres vegetais de modo a permitir que os visitantes experienciassem os padrões biológicos em escala incomum.
Projetado em madeira de origem sustentável, o pavilhão possui “células” feitas em madeira e em plástico reciclado. Toda a vedação das paredes foi feita com polipropileno reciclado criando verdadeiras células transparentes. No teto foi utilizado vidro laminado e o interessante é que, quando chove, a forma que os veios de água descem até o solo obedecem aproximadamente a forma como desceriam se estivessem sobre uma árvore ou uma folha. Um belíssimo exemplo de “arquitetura vegetal”.
Fonte: Archilovers